O pai do adolescente de 14 anos que atirou contra seis colegas de sala dentro de uma escola particular de Goiânia, Goiás, foi ouvido, nesta segunda-feira (23), pela polícia. O homem, que é policial militar, disse ao delegado que jamais ensinou o filho a atirar e afirmou não saber que o menino sofria bullying na escola.
De acordo com o jornal local O Popular, a ouvida do pai a se emocionar enquanto falava, por cerca de 1h30, com o delegado Luiz Gonzaga Junior, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais – (DEPAI).
O autor dos disparos disse à polícia, ainda no dia do ataque, que sofria bullying de um colega e, inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e o de Realengo, no Rio de Janeiro, decidiu abrir fogo contra os demais estudantes. Na ocasião, o adolescente também havia informado que tinha aprendido a manusear o armamento em vídeos no Youtube
O tablet do garoto seguiu será periciado pela polícia. Em relação à arma, o pai explicou que a pistola estava descarregada, já que a munição ficava trancada em uma gaveta em outro quarto.
Até a realização da audiência, o adolescente de 14 anos deve permanecer na cela da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais onde está apreendido desde a sexta-feira.
Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, de 13 anos, morreram no local. Os outros quatro alunos baleados foram socorridos e levados a hospitais de Goiânia. Dois deles já receberam alta até a tarde desta segunda-feira (23).
Na última sexta-feira (20), ao fim da manhã, o aluno de 14 anos do colégio Goyases abriu fogo contra os colegas de sala durante o intervalo da aula. Os tiros atingiram 6 alunos e provou pânico entre professores, gestores e demais estudantes da unidade escolar. A internação provisória do atirador perdurará por até 45 dias.