Pai de atirador de Goiânia não sabia que filho sofria bullying

De acordo com o depoimento do policial militar, a criança não tinha acesso à arma e nunca pediu para vê-la
JC Online
Publicado em 23/10/2017 às 14:23
De acordo com o depoimento do policial militar, a criança não tinha acesso à arma e nunca pediu para vê-la Foto: Foto: Reprodução


O pai do adolescente de 14 anos que atirou contra seis colegas de sala dentro de uma escola particular de Goiânia, Goiás, foi ouvido, nesta segunda-feira (23), pela polícia. O homem, que é policial militar, disse ao delegado que jamais ensinou o filho a atirar e afirmou não saber que o menino sofria bullying na escola.

De acordo com o jornal local O Popular, a ouvida do pai a se emocionar enquanto falava, por cerca de 1h30, com o delegado Luiz Gonzaga Junior, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais – (DEPAI).

O autor dos disparos disse à polícia, ainda no dia do ataque, que sofria bullying de um colega e, inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e o de Realengo, no Rio de Janeiro, decidiu abrir fogo contra os demais estudantes. Na ocasião, o adolescente também havia informado que tinha aprendido a manusear o armamento em vídeos no Youtube

O tablet do garoto seguiu será periciado pela polícia. Em relação à arma, o pai explicou que a pistola estava descarregada, já que a munição ficava trancada em uma gaveta em outro quarto.

Internação

Até a realização da audiência, o adolescente de 14 anos deve permanecer na cela da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais onde está apreendido desde a sexta-feira.

Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, de 13 anos, morreram no local. Os outros quatro alunos baleados foram socorridos e levados a hospitais de Goiânia. Dois deles já receberam alta até a tarde desta segunda-feira (23).

Na última sexta-feira (20), ao fim da manhã, o aluno de 14 anos do colégio Goyases abriu fogo contra os colegas de sala durante o intervalo da aula. Os tiros atingiram 6 alunos e provou pânico entre professores, gestores e demais estudantes da unidade escolar. A internação provisória do atirador perdurará por até 45 dias.

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