MASSACRE

Vítima do massacre é atingida por machado e foge a pé para hospital em Suzano

José Vitor Ramos Lemos, de 18 anos, tentou fugir dos atiradores na escola em Suzano, mas foi golpeado no tórax

JC Online
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Publicado em 13/03/2019 às 18:08
Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
José Vitor Ramos Lemos, de 18 anos, tentou fugir dos atiradores na escola em Suzano, mas foi golpeado no tórax - FOTO: Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
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Um dos alunos da Escola Estadual Professor Raul Brasil, alvo de um tiroteio na manhã desta quarta-feira (13), foi golpeado por um dos atiradores com um machado. José Vitor Ramos Lemos, de 18 anos, conseguiu fugir com o instrumento pendurado no tórax e percorreu aproximadamente 300 metros até conseguir atendimento médico.

O jovem foi atendido no Hospital Santa Maria e precisou passar por cirurgia para remoção do machado. De acordo com o cirurgião vascular Austelino Mattos, o estado de saúde de José Vitor é estável. "Ele chegou da escola com um machado pendurado no tórax. Veio a pé e pediu 'me ajuda, me ajuda'. Eu peguei e levei ele para o centro cirúrgico, nós fizemos essa remoção. Graças a Deus não pegou nenhum vaso importante. Foi feita a sutura, a remoção do machado. Agora ele está estável, está bem e vai evoluir bem", informou o médico.

Apesar da estabilidade no quadro, José Vitor deverá fazer fisioterapia após a recuperação para não ficar com limitação no movimento do braço.

De acordo com a mãe da vítima, Sandra Regina, de 49 anos, o filho estava no pátio da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, com a namorada quando correu para fugir dos atiradores. "Ao invés de correr para o lado contrário deles, ele correu a favor dos atiradores. Só que, quando ele chegou na porta, um aluno segurou a porta, aí o outro foi e atirou a machadinha nele", relatou.

Namorada conseguiu se salvar

Ainda segundo a mãe do rapaz, a namorada de José Vitor tentou pular o muro para fugir dos atiradores, mas não conseguiu. "Ela pensou em pular o muro e não conseguiu. O aluno que estava junto dela levou um tiro na cabeça, nisso ela caiu e ele caiu por cima", disse.

A mãe relatou também que o filho está muito abalado psicologicamente. "Ele falou só: Mãe, eles planejaram, eles foram nos Estados Unidos, uma vez foi dois alunos e fizeram isso', mãe, eu não sei como eu vivi, era pra eu ter levado um tiro' e ele chora muito", contou Sandra. 

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