O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a atacar a organização ambiental Greenpeace. Desta vez, Salles insinuou que a organização poderia estar por trás do vazamento de óleo que afeta todo o Nordeste do País. Logo após a publicação, também através do Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), pediu que Salles provasse a denúncia.
Em sua conta no Twitter, o ministro afirma: "Tem umas coincidências na vida né... Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano..."
Leia Também
- Governo e UFPE estudam nível de toxicidade do óleo nas praias de Pernambuco
- Óleo afeta mercado de pescado e estudo da UFBA alerta sobre contaminação
- Voluntários apresentam sintomas após contato com óleo em Pernambuco
- Presidente em exercício, Alcolumbre fala em mais verbas para combate a óleo
- Voluntariado para retirada do óleo em São José da Coroa Grande continua
O ministro publicou, com a declaração, uma foto do navio do Greenpeace, que é utilizado pela organização em ações de protesto contra crimes ambientais.
Tem umas coincidências na vida né... Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano... pic.twitter.com/ebCoOPhkXJ
— Ricardo Salles MMA (@rsallesmma) October 24, 2019
Prisões
Nesta quarta-feira (23) Salles disse que não vai dialogar com o Greenpeace. Após o protesto da organização em frente ao Palácio do Planalto, o ministro chamou os ativistas de terroristas e disse que não estariam ajudando a limpar as praias.
Os manifestantes colocaram tinta preta no asfalto para simbolizar o óleo derramado nas praias do Nordeste. Também espalharam madeira queimada, que teria sido recolhida de locais de extração ilegal na Amazônia. Segundo a organização não governamental (ONG), 17 ativistas foram detidos pela Polícia Militar do Distrito Federal e levados à delegacia. O Greenpeace havia informado anteriormente que foram 23 presos, mas corrigiu o número.
Resposta
A organização ambiental Greenpeace vai acionar, na Justiça, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pelas declarações publicadas pelo ministro no Twitter, na qual insinua que o barco da ONG estava na mesma área suspeita de derramar o petróleo cru que se espalhou pelo litoral do Nordeste do País.
Maia pede provas
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), pediu para que o ministério do Meio Ambiente prove a declaração de Ricardo Salles. "Estamos esperando uma posição oficial do Ministério do Meio Ambiente", escreveu no seu Twitter.
Estamos esperando uma posição oficial do Ministério do Meio Ambiente. https://t.co/4sBokwae8P
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) October 24, 2019