DESASTRE AMBIENTAL

Governo e UFPE estudam nível de toxicidade do óleo nas praias de Pernambuco

Objetivo é determinar a extensão do dano do poluente para a vida marinha e para o ser humano

JC Online
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Publicado em 24/10/2019 às 11:58
Foto: Divulgação / Semas
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Em decorrência do aparecimento de vestígios de petróleo cru em 23 praias do Estado, especialistas recolheram amostras do material, nesta quinta-feira (24), na praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. A intenção é descobrir a quantidade de óleo que está dissolvido nas águas de 13 praias de Pernambuco, a fim de determinar qual é a extensão do dano do poluente para a vida marinha e para o ser humano.

Os oceanógrafos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Eliete Zanardi Lamardo e Gilvan Yogui, ambos especialistas em poluição marinha por petróleo, orientarão estudiosos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) e da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Segundo Eliete Zanardi, é importante saber quais os compostos sobraram e em que níveis eles estão dissolvidos na água. “Muitas vezes a gente não vê o óleo, mas ele deixou um ‘legado’ para trás. Estamos aqui para identificar os compostos, pois alguns têm um potencial tóxico muito alto”, disse.

O oceanógrafo Gilvan Yogui explica os danos que podem ser causados caso o nível de toxicidade registrado seja alto. “Se a água da praia estiver muito contaminada com o óleo, não convém que as pessoas entrem no mar, porque o componente pode grudar na pele e pode causar irritação em quem tem uma pele mais sensível”, explicou.

Além do Paiva, serão coletadas amostras da água das praias de São José da Coroa Grande, Tamandaré, Carneiros, Maracaípe, Muro Alto, Suape, Pedra de Xaréu, Itapuama, Gaibu, Barra de Jangada, Janga e Itamaracá.

Resultado

Segundo o CPRH, o resultado sobre o nível de óleos e graxas de amostras coletadas anteriormente está previsto para ser divulgado nesta sexta-feira (25). Já a pesquisa das amostras que foram levadas para o laboratório nesta quinta-feira (24), será divulgada em 72h, e análises de hidrocarbonetos sairão em 15 dias.

Além disso, já são feitos, semanalmente, análises da taxa de balneabilidade do líquido, com o intuito de determinar se a água é imprópria ou não para o banho, a partir quantidade de hidrocarboneto, ou seja, frações de petróleo.

Foto: Divulgação / Semas
Oceanógrafos da UFPE, a Semas e a CPRH encabeçam o estudo - Foto: Divulgação / Semas
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13 praias de Pernambuco receberão a visita dos especialistas - Foto: Divulgação / Semas
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O resultado sobre o nível de óleos e graxas de amostras coletadas está previsto para sexta-feira - Foto: Divulgação / Semas
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Já são feitos, semanalmente, análises da taxa de balneabilidade do líquido - Foto: Divulgação / Semas

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