O jornalista australiano Julian Assange, fundador e editor-chefe do site dedicado a vazamento de informações WikiLeaks, usará um link de vídeo para discursar em um evento às margens da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) programado para amanhã, anunciou o governo equatoriano nesta terça-feira.
Refugiado desde junho na embaixada equatoriana em Londres, Assange participará do evento junto com o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño. Ambos falarão sobre o pedido de asilo feito pelo australiano e concedido por Quito.
O Reino Unido, no entanto, recusa-se a conceder salvo-conduto para que Assange embarque para o Equador. Londres quer cumprir um pedido de extradição feito pela Suécia para que o australiano responda por acusações de estupro no país.
Assange e seus simpatizantes temem que a extradição para a Suécia seja apenas um pretexto para uma futura extradição para os Estados Unidos, onde Assange poderia ser levado a julgamento pelo vazamento de centenas de milhares de telegramas diplomáticos e militares confidenciais.
O chanceler britânico, William Hague, disse que as negociações entre o Reino Unido e o Equador continuam, mas "não há nenhum sinal de avanço".