Os 115 cardeais reunidos desde terça-feira (12) em um histórico conclave terão nesta quarta-feira o primeiro dia pleno de votações, duas pela manhã e duas à tarde, para a eleição do sucessor de Bento XVI.
Depois da fumaça negra de terça-feira, que anunciou ao mundo que nenhum cardeal havia obtido os votos necessários na primeira votação, os cardeais passaram a primeira noite na Casa Santa Marta, a cômoda mas sóbria residência do Vaticano onde permanecerão hospedados durante todo o conclave, que tem duração incerta.
Eles seguiram, a pé ou de micro-ônibus, para a Capela Sistina, onde passarão o tempo necessário, ao ritmo de quatro votações por dia, para a escolha do novo líder dos quase 1,2 bilhão de católicos do mundo.
Ao fim de cada sessão, por volta das 12H00 (8H00 de Brasília) e das 18H00 (14H00 de Brasília), os olhos do mundo voltarão a observar a chaminé situada à direita da basílica de São Pedro para a nova fumaça, branca no caso de eleição do novo Papa e negra para um resultado indefinido.
Sem um favorito claro, analistas citam vários nomes, como o italiano Angelo Scola, o brasileiro Odilo Scherer, o canadense Marc Ouellet e o americano Timothy Dolan.
Mas também apontam que se o conclave levar mais tempo do que o estimado, existe a possibilidade de que algum nome que não figurou entre os favoritos acabe como o eleito, lembrando o ditado de Roma: "quem entra Papa no conclave sai cardeal".
Nos últimos 100 anos, no entanto, nenhum conclave superou cinco dias.
Há oito anos, Bento XVI, que renunciou inesperadamente em 28 de fevereiro por "falta de forças", foi eleito no segundo dia, após quatro votações.