O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (24) em uma reunião ministerial que a ofensiva militar na Faixa de Gaza prosseguirá até que a tranquilidade seja restaurada no sul de Israel, região atacada por centenas de foguetes palestinos.
"A operação Barreira Protetora continuará até alcançar seus objetivos, o que pode levar tempo", disse Netanyahu, segundo a rádio pública, em uma referência à campanha militar iniciada em 8 de julho contra o movimento islamita Hamas, que controla o território palestino.
Israel pretende acabar com os lançamentos de foguetes palestinos e com os túneis do Hamas que permitem o acesso a seu território.
"O Hamas continuará pagando caro por seus crimes", disse Netanyahu a respeito da primeira morte no conflito de uma criança israelense, de quatro anos, atingida na sexta-feira por um ataque com foguete no sul do país.
"Peço a todos os habitantes de Gaza que abandonem imediatamente os locais onde o Hamas realiza suas atividades terroristas contra nós, porque são alvos", completou.
"Não existirá nenhuma impunidade para qualquer um que dispare contra cidadãos israelenses, independente do setor ou fronteira", afirmou, em uma aparente referência aos lançamentos de foguetes procedentes do Líbano e da Síria desde sábado.
Um novo ataque aéreo israelense neste domingo na Faixa de Gaza matou duas pessoas. Novos lançamentos de foguetes palestinos também foram registrados.
No momento não existem perspectivas de um cessar-fogo, como apelou no sábado o governo do Egito, que atua como mediador na questão.
A aviação israelense atacou 20 "alvos terroristas" em Gaza durante a manhã e os palestinos lançaram pelo menos 20 foguetes ou obuses contra Israel, segundo o exército.
Um ataque na cidade de Gaza matou dois palestinos e deixou cinco feridos, segundo fontes médicas.
Desde terça-feira (19), dia em que a trégua de nove dias foi rompida, 88 palestinos e um israelense morreram na região.
Desde que Israel iniciou a ofensiva em 8 de julho contra o Hamas, pelo menos 2.105 palestinos morreram na Faixa de Gaza, segundo fontes locais.
Do lado israelense morreram 64 soldados e quatro civis.
Segundo a ONU, 70% dos palestinos mortos são civis. Entre as vítimas fatais estavam 478 crianças.