Os Estados Unidos e a Inglaterra planejam, enviar funcionários do Exército para ajudar a conter a epidemia de ebola no Oeste da África. Nesta segunda-feira (8), a Organização Mundial da Saúde alertou que milhares de novas infecções devem surgir na Libéria nas próximas semanas.
O surto atual de ebola é o maior registrado na história. A doença se espalhou da Guiné para Serra Leoa, Libéria, Nigéria e Senegal, matando mais de duas mil pessoas. Até o momento, mais de 3,5 mil pacientes foram infectados, quase a metade deles na Libéria. Segundo a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), um "crescimento exponencial" de novos casos é esperado para as próximas semanas.
"Assim que uma nova instalação de tratamento do ebola é aberta, imediatamente o centro se enche de pacientes, a ponto de superlotar, o que aponta para um número grande de casos invisíveis", afirmou a OMS em um depoimento sobre a situação na Libéria nas próximas três semanas.
Como resposta para o desastre, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse neste domingo que o Exército do país ajudaria a montar unidades de isolamento e providenciar segurança aos trabalhadores da saúde que tratam da epidemia. Militares devem instalar um hospital de campanha com 25 camas na capital da Libéria, afirmou o porta-voz do Pentágono coronel Steven Warren nesta segunda-feira. A clínica será usada para tratar funcionários da Saúde, muitos dos quais ficaram doentes no surto.
Assim que for construído, o centro será entregue ao governo do país. Não existe plano para que os membros do Exército norte-americano sirvam como funcionários do hospital, disse Warren. O governo liberiano recebeu bem a notícia. "Esta não é uma luta particular da Libéria, é uma luta na qual a comunidade internacional deve se engajar de forma muito, muito séria, e enviar todos os recursos possíveis", afirmou o ministro das Informações liberiano, Lewis Brown.
Além disso, o Reino Unido deve abrir um centro de tratamento com 62 camas em Serra Leoa nas próximas semanas. A unidade será operada por engenheiros militares e funcionários da Saúde, com ajuda da organização sem fins lucrativos Save the Children, informou o Departamento britânico para Desenvolvimento Internacional nesta segunda-feira. A clínica também vai incluir uma seção especial para tratar trabalhadores da Saúde, oferecendo a eles cuidado especializado de alta qualidade, afirmou o depoimento.