A polícia de Cleveland planeja divulgar as imagens de uma câmera de vídeo que mostra um policial atirando contra um menino de 12 anos, que carregava uma arma de ar comprimido.
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Uma porta-voz do departamento de polícia disse que as imagens serão divulgadas na tarde desta quarta-feira (26), quando o chefe de polícia Calvin Williams falará sobre as novidades da investigação.
As provas serão divulgadas "para que as pessoas possam tirar suas próprias conclusões", disse Williams ao conselho de segurança pública da Câmara Municipal, durante uma reunião nesta manhã.
Tamir Rice foi morto a tiros no sábado por um policial que respondeu a um chamado sobre alguém que portava uma arma perto de um playground. A polícia diz que Tamir recebeu ordens para levantar as mãos, mas ele enfiou a mão no cós da calça para pegar o que parecia ser uma arma de fogo.
Posteriormente, a polícia concluiu que se tratava de uma arma de ar comprimido, que dispara balas de plástico, e estava sem o indicador se segurança cor de laranja.
Os advogados da família do menino viram o vídeo na segunda-feira um dia após da morte de Rice. Posteriormente, eles pediram que as imagens fossem divulgadas publicamente.
Autoridades da cidade retiveram o vídeo, dizendo que era prova na investigação e que eram sensíveis à família, à comunidade e ao policial, que disseram estar bastante perturbado.
A policia não falou sobre detalhes do vídeo, mas o vice-chefe de polícia Edward Tomba afirmou que as imagens mostram "muito claramente" o que aconteceu.
Os disparos levaram a uma investigação sobre o uso da força pelo oficial e a protestos contra este e outros incidentes envolvendo policiais.
Os policiais envolvidos foram entrevistados e a polícia obteve declarações de várias outras pessoas, disse Tomba nesta quarta-feira, durante uma reunião do comitê de segurança. Ele disse que a polícia está monitorando as mídias sociais em busca de indícios de outras testemunhas e que pede às pessoas que compareçam à delegacia se tiverem informações relacionadas ao caso.
"Definitivamente precisamos de ajuda do público", disse Tomba. "Queremos ter certeza de que é uma investigação ampla."