Os pais dos 43 estudantes desaparecidos no México em setembro disseram, nessa quarta-feira (10), que pretendem recorrer a instâncias internacionais para que o caso seja solucionado. Eles manifestaram insatisfação com o trabalho das autoridades mexicanas.
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Felipe de la Cruz, porta-voz dos pais, assegurou que a luta continuará até que sejam punidos os responsáveis e encontrados os jovens. "Continuaremos a percorrer o país para dizer basta de desaparecimentos, além de exigir justiça e punição para os responsáveis por esses acontecimentos lamentáveis", disse ele, acrescentando que, se necessário, os parentes vão pedir ajuda "a outras instâncias que não sejam o governo mexicano".
Em 26 de setembro, 43 estudantes desapareceram no estado de Guerrero, depois de terem sido atacados por policiais, que os entregaram ao grupo de narcotraficantes Guerreros Unidos.
De acordo com o Ministério Público, cerca de 70 pessoas detidas disseram que os estudantes foram executados e os corpos queimados e jogados em um rio.
No domingo (7), as autoridades identificaram os restos mortais de um dos jovens, reforçando a teoria de que o grupo teria sido assassinado, tese que os pais rejeitam, mantendo a esperança de que estejam vivos e pedindo que as investigações não parem.