Venezuela

Eurocâmara condena perseguição política na Venezuela

Parlamento Europeu pede a Caracas que respeite a independência judicial e os direitos humanos

Da AFP
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Publicado em 18/12/2014 às 11:49
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O Parlamento Europeu adotou nesta quinta-feira uma resolução na qual condena categoricamente a perseguição política na Venezuela, assim como a repressão da oposição, o uso da violência e a detenção de manifestantes e pede a Caracas que respeite a independência judicial e os direitos humanos.

A resolução, impulsionada pelos quatro principais grupos políticos e adotada por 476 votos, 109 contra e 49 abstenções, também pede para "desarmar e dissolver imediatamente os grupos armados pró-governamentais". Nela, os eurodeputados pedem à União Europeia, aos Estados membros e à chefe da diplomacia que "peçam a libertação imediata dos manifestantes que tenham sido detidos arbitrariamente" na Venezuela.

O Parlamento Europeu, que adotou desde 2007 sete resoluções sobre a situação na Venezuela, se choca nesta última com a perseguição política e também pede às autoridades venezuelanas "que desarmem e dissolvam imediatamente as associações e os grupos armados descontrolados pró-governamentais, e que coloquem fim a sua impunidade".

"A liberdade de expressão e o direito de participar em manifestações pacíficas são elementos fundamentais da democracia e estão reconhecidos na Constituição venezuelana", ressalta a resolução.

"As coisas chegaram muito longe" na Venezuela, disse em um debate antes da votação o eurodeputado do PPE (conservador) Luis de Grandes Pascual, destacando a importância de que "quatro grupos políticos tenham entrado em acordo sobre uma resolução tão contundente em termos de desclassificação de uma atuação política como a do (presidente Nicolás) Maduro".

"A situação piorou na Venezuela" desde a eleição de Maduro em 2013, observou o socialista Josef Weidenholzer, informando sobre "detenções diárias, das quais a do (opositor) Leopoldo López é a mais flagrante". "O país está dividido (...) o governo da Venezuela deve colocar fim a este capítulo tão infeliz", acrescentou.

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