Restauração

Japão atrasa por tempo indeterminado armazenamento de resíduos de Fukushima

O terremoto e tsunami de março de 2011 geraram grandes quantidades desses materiais que se dispersaram em volta da central

Da ABr
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Publicado em 22/12/2014 às 8:41
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O terremoto e tsunami de março de 2011 geraram grandes quantidades desses materiais que se dispersaram em volta da central - FOTO: Foto: AFP
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O governo japonês atrasou, por tempo indeterminado, o armazenamento de resíduos radioativos recolhidos nos trabalhos de descontaminação perto da Central Nuclear de Fukushima, por não ter sido construído nenhum depósito seguro, segundo fontes oficiais citadas nesta segunda-feira (22) pela imprensa.

As autoridades tinham previsto começar a transferir os resíduos para depósitos nucleares em janeiro próximo, data que foi adiada de forma indefinida dadas as dificuldades em encontrar uma localização para as instalações, segundo a Agência Kyodo.

O governo central e os governos locais entraram em acordo para construir depósitos temporários destinados a abrigar os materiais radioativos nas localidades costeiras de Futaba e Okuma, as mais próximas da central nuclear, mas não chegaram a acordo com os proprietários dos terrenos escolhidos, informaram fontes governamentais à Kyodo.

Os materiais radioativos deveriam permanecer nessas instalações durante um prazo de 30 anos e depois seriam transferidos para depósitos permanentes de alta segurança, cuja localização ainda não foi definida.

Segundo o plano do governo, as instalações de armazenamento temporário vão ocupar 16 quilômetros quadrados em volta da central e vão ter capacidade para armazenar cerca de 30 milhões de toneladas de terra e resíduos recolhidos durante os trabalhos de descontaminação.

Os materiais radioativos retirados até agora estão atualmente depositados em vários terrenos próximos da central.

O terremoto e tsunami de março de 2011 geraram grandes quantidades desses materiais que se dispersaram em volta da central.

As emissões levaram à retirada de 46 mil pessoas que vivam perto de Fukushima e afetaram gravemente a agricultura, a pecuária e a pesca.

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