Mais de 2.000 pessoas fugiram de suas casas no estado de Assam, nordeste da Índia, depois de uma série de ataques cometidos por homens armados armados que mataram dezenas de civis, incluindo várias crianças, anunciaram as autoridades locais.
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Os moradores das áreas próximas buscaram refúgio nos acampamentos improvisados instalados pelo governo depois dos ataques, cometidos na terça-feira (23) e atribuídos a grupos rebeldes, que deixaram pelo menos 69 mortos, sendo 18 crianças.
"As pessoas estão assustadas e preocupadas com a violência", afirmou à AFP uma fonte do governo que pediu anonimato.
As autoridades atribuíram os ataques à ilegal Frente Democrática Nacional de Bodoland (NDFB, na sigla em inglês), que luta há décadas por um Estado soberano na região.
Assam, uma região produtora de chá, faz fronteira com o Butão e Bangladesh e tem uma longa história de violência entre a etnia indígena bodo, os muçulmanos e a comunidade adivasi.
Mais três mortes foram registradas na quarta-feira, depois que a polícia abriu fogo contra um grupo de pessoas que protestava diante de uma delegacia.
O ministério do Interior determinou o envio de tropas a Assam, para impedir os ataques da população contra os assentamentos da comunidade bodo, em represália.
Os sobreviventes afirmaram à imprensa que os criminosos usavam uniformes militares e armas automáticas.