Sete pessoas foram colocadas sob custódia nesta quinta-feira em conexão com a investigação sobre o ataque mortal do dia anterior contra a revista satírica Charlie Hebdo em Paris, que deixou 12 mortos, indicou o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve.
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"Sete pessoas", respondeu na rádio Europe 1 o ministro, em resposta a uma pergunta sobre o número de pessoas atualmente sob custódia.
Uma fonte judicial que não quis se identificar afirmou anteriormente que mulheres e homens próximos aos dois irmãos identificados como os autores do ataque estão atualmente sendo interrogados pela polícia, sem informar onde foram detidos.
O primeiro-ministro Manuel Valls, por sua vez, declarou à rádio RTL que os autores do ataque - que ainda estão foragidos - eram conhecidos pelos serviços de inteligência e, sem dúvida, eram seguidos antes do ataque de quarta-feira, mas "não existe risco zero".
Ele apontou a dificuldade da polícia devido ao alto "número de indivíduos que representam um perigo".
A polícia francesa divulgou fotos dos dois irmãos suspeitos de serem os autores do ataque, Cherif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos. Essas pessoas podem "estar armadas e ser perigosas", alertou a polícia de Paris.
Seu suposto cúmplice, Hamyd Mourad, de 18 anos, se apresentou à polícia em Charleville-Mézières, no nordeste da França, "depois de ver o seu nome circulando nas redes sociais", indicou à AFP uma fonte próxima ao caso.
Os irmãos Kouachi são suspeitos de ter matado 12 pessoas e ferido outras onze em um ataque contra a revista Charlie Hebdo em Paris, antes de fugir.
O ataque provocou uma onda de indignação na França e levou mais de 100.000 pessoas a se manifestar espontaneamente em todo o país para denunciar o terrorismo.