A França está "enfraquecida" frente a ameaça terrorista em razão de seu pertencimento à União Europeia, em particular porque não pode garantir sozinha o controle das suas fronteiras, declarou nesta terça-feira a presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen.
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Diante do "fundamentalismo islâmico", "a UE nos enfraquece pelo fato de nos impor a abertura total das fronteiras" e "porque impõe políticas de austeridade que na França atingiram duramente" as capacidades militares, policiais e de inteligência, acusou a deputada em uma coletiva de imprensa no Parlamento Europeu.
"Se tivéssemos fronteiras nacionais, nós provavelmente poderíamos deter na fronteira nacional muitos daqueles que retornaram ao território francês depois de lutar na Síria ou trabalhar no Iêmen, como é o caso de ao menos um dos terroristas fundamentalistas mortos nos últimos dias", disse Le Pen, referindo-se a Said Kouachi, um dos autores do ataque contra a revista satírica Charlie Hebdo.
A presidente da FN assegurou que seu partido "sempre defendeu a liberdade de expressão, incluindo a do Charlie Hebdo", "apesar de discordarmos de sua linha editorial". "Fomos alvos de caricaturas de grande violência e de grande brutalidade pela Charlie Hebdo. Mas a liberdade de expressão significa deixar falar aqueles que discordam de você".