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Talibãs condenam novas caricaturas de Maomé no Charlie Hebdo

Número do jornal Charlie Hebdo depois do ataque tem na capa uma caricatura de Maomé, com lágrima no olho, segurando uma folha com a frase ?Je suis Charlie?

Da AFP
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Publicado em 15/01/2015 às 7:25
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Número do jornal Charlie Hebdo depois do ataque tem na capa uma caricatura de Maomé, com lágrima no olho, segurando uma folha com a frase ?Je suis Charlie? - FOTO: Foto: AFP
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Os talibãs afegãos condenaram hoje (15) a publicação de novas caricaturas do profeta Maomé no semanário francês Charlie Hebdo e saudaram os autores do atentado praticado na semana passada contra o jornal.

Em comunicado divulgado nessa quinta-feira, o Emirado Islâmico do Afeganistão, nome oficial dos talibãs afegãos, lamenta a publicação de novas caricaturas que, segundo o grupo, “provocam a sensibilidade de quase 1,5 milhão de muçulmanos”.

Na terça-feira (13), a principal autoridade islamita sunita no Egito, Al Azhar, antecipou que a publicação de novos desenhos representando o profeta Maomé no jornal satírico francês vai “incitar o ódio”.

A publicação dos desenhos vai incitar o ódio, “não serve à coexistência pacífica entre os povos e impede a integração dos muçulmanos nas sociedades europeias e ocidentais”, disse Al Azhar em nota.

O primeiro número do jornal Charlie Hebdo depois do ataque tem na capa uma caricatura de Maomé, com lágrima no olho, segurando uma folha com a frase ‘Je suis Charlie’, a mesma que foi utilizada por milhões de pessoas que se manifestaram em defesa da liberdade de expressão. O desenho tem como título “Tudo está perdoado”.

A Al Qaeda no Iêmen reivindicou nessa quarta-feira, em vídeo divulgado, o atentado terrorista da semana passada, em que morreram 12 pessoas na redação do semanário em Paris.

Em outro vídeo, divulgado na última sexta-feira (13), um líder religioso da Al Qaeda na Península Arábica ameaçou a França com novos ataques.

"Não estareis em segurança enquanto combaterdes Alá, o seu mensageiro e os fiéis", declarou na mensagem Harith Al Nadhari, uma autoridade em sharia, a lei islâmica.

Na quarta-feira da semana passada (7), dois homens encapuzados e armados, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, entraram na redação do Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas.

Depois de dois dias em fuga, eles foram mortos na sexta-feira, durante ataque de forças de elite francesas a uma gráfica em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde estavam.

Em outro atentado, na quinta-feira, uma agente da polícia municipal foi morta, no sul de Paris, tendo a polícia estabelecido ligação com os dois jihadistas autores do atentado ao Charlie Hebdo.

Na sexta-feira, no fim da manhã, cinco pessoas foram mortas em um supermercado kosher (judaico), no leste de Paris, durante uma tomada de reféns, incluindo o autor do sequestro, que foi morto na operação policial.

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