Após oito meses de pausa, e com a autorização da Suprema Corte dos Estados Unidos, o estado de Oklahoma (sudeste) executou nesta quinta-feira através de uma injeção letal Charles Warner, condenado pelo estupro e assassinato de uma menina de 11 meses.
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Sua execução estava prevista para 29 de abril de 2014, loco depois de Clayton Lockett. Mas a morte de Lockett após uma agonia de 43 minutos provocada pela injeção letal gerou uma forte polêmica e levou à suspensão desta prática.
Warner e outros três condenados à morte em Oklahoma convocaram a Suprema Corte em um recurso de última hora a se pronunciar sobre a constitucionalidade da injeção letal com midazolam, um barbitúrico utilizado em três execuções muito dolorosas.
Em 2008, o tribunal máximo havia considerado constitucional o método da injeção letal. No entanto, desde então a maior parte dos Estados mudaram os produtos utilizados para fabricá-las devido à escassez.
Os quatro juízes progressistas se manifestaram em um documento a favor da suspensão da execução, considerando que "os produtos que o Estado usará para executar (os demandantes) merecem a atenção do Tribunal".
No entanto, sua posição foi minoria e por cinco votos contra quatro a Corte negou a detenção da execução. Finalmente, às 19h28 locais (23h28 de Brasília), Warner foi declarado morto, indicou à AFP Jerry Massie, porta-voz das prisões de Oklahoma.
Em 2014, o número de execuções caiu nos Estados Unidos a 35, um mínimo em 20 anos, segundo o Centro de Informação sobre a Pena Capital. E 80% destas execuções foram realizadas em três estados: Missouri, Texas e Flórida.