Datas-chave do conflito entre as forças ucranianas e os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que resultou, de acordo com a ONU, em mais de 5.300 mortos desde abril de 2014.
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Kiev e o Ocidente acusa a Rússia de armar os rebeldes pró-russos e soldados tenham implantado na Ucrânia, que Moscou nega.
--2014--
- 06 de abril: duas semanas após a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, manifestantes pró-russos tomam prédios do governo em Kharkiv, Donetsk e Lugansk, principais cidades do leste. Os insurgentes proclamam as "Repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk.
- 13 de abril: Kiev desencadeia uma "operação antiterrorista", destinada a recuperar o controle de áreas rebeldes.
- 11 de maio: Donetsk e Lugansk realizam um referendo sobre sua soberania, considerado "ilegal" por Kiev e os ocidentais.
- 25 de maio: o pró-ocidental Petro Poroshenko vence a eleição presidencial na Ucrânia.
- 27 de junho: a Ucrânia sela um acordo de associação com a União Europeia (UE), causando uma forte reação de Moscou. A decisão no final de 2013 do ex-presidente Viktor Yanukovych de desistir deste acordo e se voltar para a Rússia foi o que provocou as manifestações pró-europeias em Kiev, violentamente reprimidas e que resultaram na queda do regime, em fevereiro.
- 5 e 6 de julho: os rebeldes abandonam a cidade de Slavyansk, a luta continua em outras frentes.
- 17 de julho: um Boeing da Malaysia Airlines MH17 é abatido sobre uma área controlada pelos separatistas (298 mortes).
- 29 de julho: os Estados Unidos anunciam, após os europeus, sanções econômicas contra a Rússia, já punida após a anexação da Crimeia, em março. Novas sanções se seguirão.
- 25 de agosto: início de uma contra-ofensiva dos rebeldes, que infligem uma série de derretas ao exército ucraniano.
- 5 de setembro: acordo de cessar-fogo é concluído em Minsk entre Kiev e os separatistas com a participação da Rússia e da OSCE. Ele prevê mais autonomia às regiões de Donetsk e Lugansk. Em meados de outubro, fracassam as negociações de paz. O cessar-fogo não é respeitado.
- 26 de outubro: vitória de formações pró-ocidentais nas legislativas, boicotadas pelos separatistas do leste. Em 2 de novembro, os rebeldes organizam as suas próprias eleições, denunciadas por Kiev e os ocidentais. Kiev responde cortando o financiamento das zonas separatistas.
- 12 de novembro: Otan denuncia entrada de comboio militar da Rússia no leste da Ucrânia.
- 26 de dezembro: troca de centenas de prisioneiros como parte de um acordo entre o Grupo de Contacto Minsk (Kiev, Moscou, OSCE) e os separatistas. As tentativas de reavivar o processo de paz permanecem paralisadas.
--2015--
- 22 de janeiro: O aeroporto de Donetsk é tomado pelos rebeldes, que lançam dois dias depois uma ofensiva contra Mariupol. Em três semanas, bombardeios e combates deixaram cerca de 220 mortos, a maioria civis.
- 05 de fevereiro: O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, viajam a Kiev para expor ao presidente Poroshenko um plano de paz apoiado por Washington, UE e Otan.
- 06 de fevereiro: a dupla franco-alemão vai a Moscou e chega a um acordo com o presidente Putin para trabalhar no desenvolvimento de um plano de paz.
- 08 de fevereiro: conferência telefônica entre Hollande, Putin, Merkel e Poroshenko: eles planejam se reunir em Minsk, no dia 11, mas o presidente russo impõe condições.
- 9 de fevereiro: Angela Merkel apresenta o plano de paz europeu para Barack Obama, que não indica ter "tomado uma decisão" sobre o fornecimento de armas a Kiev.
- 10 de fevereiro: o Estado-Maior do exército ucraniano no leste é bombardeado pela primeira vez (16 mortes). O exército ucraniano retoma localidades ao sul da linha da frente. Em paralelo, reúnem-se em Minsk o Grupo de Contacto (Ucrânia, Rússia, OSCE) e emissários separatistas. Obama adverte Putin para que encontre uma solução pacífica ao conflito.
- 11 de fevereiro: uma cúpula reunindo Putin, Poroshenko, Merkel e Hollande é iniciada em Minsk, em uma atmosfera tensa, em meio à violência na Ucrânia (pelo menos 49 mortes).
- 12 de fevereiro: acordo assinado pelo Grupo de Contacto e os separatistas por um cessar-fogo em 15 de fevereiro e a retirada das armas pesadas ao longo da linha de frente, depois de 16 horas de negociações.