O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou nesta sexta-feira (13) que cinco oficiais da Força Aérea foram detidos pelas autoridades, por suspeita de envolvimento em plano para um golpe de Estado, com o apoio de vários opositores.
Leia Também
- Estudantes protestam contra Maduro em várias cidades da Venezuela
- Governo venezuelano não está preparado para enfrentar crise, diz diplomata americano
- Maduro alerta venezuelanos para dois anos de baixos preços do petróleo
- Governo venezuelano ratifica liberalização parcial do câmbio
- Unasul vai mediar diálogo com os EUA sobre sanções à Venezuela
"Desmantelamos um atentado golpista contra a democracia, contra a estabilidade da nossa pátria. Trata-se de nova tentativa de usar um grupo de oficiais da Força Aérea para provocar ato violento, um atentado, um ataque", disse.
Em declarações ao canal estatal Venezuelana de Televisão, Maduro disse que os cinco oficiais detidos tinham instruções para gravar vídeo de um "general golpista, que está preso e julgado", para depois, "com um avião Tucano, bombardear o palácio do governo", as sedes dos ministérios da Defesa, do Interior e da Justiça, e do canal de televisão Telesul.
"Todos os oficiais envolvidos estão presos e prestam depoimentos. "Pagaram-lhes em dólares, foram ativados, deram-lhes uma missão e vistos norte-americanos", acrescentou, ao denunciar o envolvimento dos Estados Unidos na conspiração.
Nicolás Maduro instruiu os seus simpatizantes para que, caso "lhe aconteça algo", derrotem o golpe de Estado com uma ofensiva cívico-militar. "Estão autorizados a radicalizar a revolução até o nível máximo que jamais conhecemos", concluiu.