Crime

Governo argentino denuncia ex-espião de caso Nisman por contrabando

Antonio Stiuso e outros dois agentes da inteligência foram acusados ??de "realizar 67 importações totalizando 94.000 quilos de mercadoria entre 2013 e 2014

Da AFP
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Publicado em 24/02/2015 às 17:52
Foto: JUAN MABROMATA / AFP
Antonio Stiuso e outros dois agentes da inteligência foram acusados ??de "realizar 67 importações totalizando 94.000 quilos de mercadoria entre 2013 e 2014 - FOTO: Foto: JUAN MABROMATA / AFP
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O governo argentino apresentou uma denúncia por contrabando e sonegação fiscal contra o poderoso ex-agente da inteligência Antonio 'Jaime' Stiuso, demitido em dezembro e que havia trabalhado em estreita colaboração com o promotor falecido Alberto Nisman, informou nesta terça-feira a Secretaria de Inteligência (SI).

Stiuso e outros dois agentes da inteligência foram acusados ??de "realizar 67 importações totalizando 94.000 quilos de mercadoria entre 2013 e 2014, que qualificamos como contrabando, porque não foram destinadas à Secretaria de Inteligência", informou o secretário de Inteligência, Oscar Parrilli, em uma coletiva de imprensa na Casa do Governo.

O secretário indicou que o contrabando foi realizado através de uma dúzia de empresas importadoras, "a maioria de Miami", e que incluía material médico, equipamentos oftalmológicos e brinquedos eletrônicos, entre outros.

Ele acrescentou que, de acordo com o relatório da Direção de Migração, a caminhonete preta utilizada por Stiuso para viajar da Argentina para o Uruguai na semana passada, após testemunhar pelo caso Nisman, pertence à empresa House to House S.A, uma das companhias supostamente envolvidas em contrabando.

O secretário indicou que a denúncia foi apresentada ao Tribunal Penal Econômico, e que dois outros agentes da inteligência foram suspensos por 60 dias por envolvimento no caso.

Parrilli, homem de confiança da presidente Cristina Kirchner, assumiu o comando da Secretaria de Inteligência em dezembro, quando foi destituída a cúpula da instituição e, entre eles, Stiuso, que era chefe de operações da SI.

Stiuso testemunhou durante o feriado de Carnaval ante a promotora Viviana Fein, que o citou como testemunha em conexão com o caso investigando da morte de Alberto Nisman, em 18 de janeiro, em circunstâncias que permanecem obscuras.

Nisman foi encontrado morto em seu apartamento um dia antes de comparecer ao Congresso para justificar a acusação contra Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e outros integrantes do governo de acobertar ex-funcionários do governo iraniano pelo atentado antissemita de 1994 em Buenos Aires deixou 85 mortos e 300 feridos.

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