Um assessor do primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, acusou nesta quinta-feira a gigante americana de fast food McDonalds e a Coca-Cola de conduzirem uma "guerra" contra a Rússia, em meio a tensões com os Estados Unidos em razão da crise ucraniana.
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"O marketing agressivo, que nada tem a ver com as tradições alimentares russas, é comparável a uma operação militar contra o nosso povo", declarou Gennady Onishchenko, ex-"médico-chefe" do país, citado pela agência pública Ria-Novosti.
Onishchenko já havia considerado a Coca-Cola e a Pepsi como "verdadeiras armas químicas", lamentando que estas bebidas não estejam incluídas na lista de produtos afetados pelo embargo alimentar russa.
A Rússia decretou em agosto um embargo sobre produtos alimentares da União Europeia e dos Estados Unidos, que por sua vez adotaram uma série de sanções contra Moscou, acusando-o de apoio militar aos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia.
Enquanto isso, a rede McDonalds se viu na mira das autoridades sanitárias russas, que realizaram centenas de inspeções em restaurantes da cadeia, acusando-a de "fraude contra o consumidor" e "repetidas violações" dos padrões sanitários.
Como resultado, o McDonald precisou fechar nove restaurantes em Moscou e em sua região, alguns dos quais foram posteriormente reabertos.
"Médico-chefe" da Rússia por quase 20 anos, Gennady Onishchenko, que deixou o cargo em 2013, é conhecido por ter sido o responsável pelas proibições, oficialmente lançadas por motivos de saúde, contra produtos de ex-repúblicas soviéticas com as quais Moscou mantém relações difíceis.
Desta forma, baniu em 2006 do território russo vinhos e águas minerais da Geórgia, república do Cáucaso, que etentava se aproximar do Ocidente.