O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, lamentou nesta sexta-feira a falta de avanços nas conversações sobre o programa de resgate da Grécia, mas descartou um fracasso que deixe o país fora da Eurozona.
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"Não estou satisfeito com o desenvolvimento dos acontecimentos das últimas semanas", disse à imprensa em Bruxelas ao receber o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
"Não acredito que tenhamos conseguido avanços suficientes, mas tentaremos seguir na direção de uma conclusão de sucesso nos temas que devemos resolver", completou.
"Descarto totalmente um fracasso. Não quero um fracasso", completou Juncker, que explicou no entanto que a Comissão "não tem o papel mais importante, todas as decisões devem ser tomadas pelo Eurogrupo".
O primeiro-ministro grego se declarou "otimista" a respeito do "desejo político para encontrar soluções aos problemas comuns".
Pouco antes, em outra breve declaração à imprensa após uma reunião com o presidente do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz, Tsipras afirmou que a Grécia "está fazendo a sua parte" e que espera o mesmo dos sócios na Eurozona.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro grego, líder do Syriza, partido de extrema-esquerda que venceu as eleições legislativas de janeiro, defendeu em Paris uma reestruturação da dívida, algo "vital" para a Grécia.
Em Paris, Tsipras assinou com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) um acordo para instaurar um programa de reformas na Grécia, "não para reformar e sim transformar" o país.