O ex-líder da extrema-direita da França Jean-Marie Le Pen voltou a repetir que, para ele, as câmaras de gás foram um "detalhe" da Segunda Guerra Mundial, um comentário que já rendeu várias condenações da justiça.
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O cofundador e presidente de honra da Frente Nacional (FN), atualmente liderada por sua filha Marine, disse que "em nenhum momento" lamentou suas declarações, que formulou pela primeira vez há quase 30 anos.
"O que eu disse correspondia ao meu pensamento: que as câmaras de gás são um detalhe da guerra, a menos que alguém admita que a guerra é um detalhe das câmaras de gás", declarou Jean-Marie Le Pen, também eurodeputado por seu partido, à rádio RMC e ao canal BFMTV.
"Eu mantenho porque acredito que é a verdade, e não deveria chocar a ninguém", completou o ex-líder da FN, que lamentou a "instrumentalização do tema" contra sua pessoa.
Em 13 de setembro de 1987, Jean-Marie Le Pen declarou, a respeito das câmaras de gás criadas pelos nazistas para exterminar os judeus: "Não estudei especialmente a questão, mas acredito que é um detalhe na história da Segunda Guerra Mundial".
Le Pen foi condenado algumas vezes por estes comentários, que reiterou em 1997 na Alemanha, em 2008 à revista "Bretons" e em março de 2009 no Parlamento Europeu.
Sua filha Marine Le Pen, que desde que assumiu a liderança da FN em 2011 se esforça para limpar a imagem do partido, chamou o nazismo de "auge da barbárie" e manifestou uma "forte divergência" com a tendência do pai de provocar polêmicas.
