Exclusão

'Marine Le Pen quer minha morte', diz fundador de sigla de direita na França

Polêmica se deu após Jean-Marie Le Pen dizer que as câmaras de gás teriam sido um "detalhe" da Segunda Guerra Mundial

Da Folhapress
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Publicado em 09/04/2015 às 15:40
Foto: JEFF PACHOUD / AFP
Polêmica se deu após Jean-Marie Le Pen dizer que as câmaras de gás teriam sido um "detalhe" da Segunda Guerra Mundial - FOTO: Foto: JEFF PACHOUD / AFP
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Em meio a demonstrações públicas de desavenças com a sua filha Marine Le Pen, presidente da Frente Nacional (FN), o ex-líder do partido conservador francês, Jean-Marie Le Pen, disse que "Marine quer [vê-lo] morto".

Diante da possível decisão da liderança da FN em excluí-lo da sigla, Jean-Marine classificou a medida como "completamente louca".

"A minha exclusão seria completamente louca porque eu naturalmente conservo prestígio na FN e isso provocaria turbulências consideráveis", disse. "Marine Le Pen quer minha morte, é possível, mas ela não pode contar com a minha colaboração nisso".

Após Jean-Marie dizer que as câmaras de gás teriam sido um "detalhe" da Segunda Guerra Mundial, a liderança da FN busca impedir o lançamento de sua candidatura nas eleições regionais do país.

As desavenças põem em xeque, inclusive, o futuro de Jean-Marie no partido que ajudou a fundar. Para Florian Philippot, vice-presidente da FN, "a solução mais aceitável" seria que ele "abandonasse o movimento".

"Que interesse ele [Jean-Marie] teria em permanecer em um movimento com o qual não compartilha nenhuma posições fundamental?", disse Phippot em entrevista à RMC-BFM TV.

O comitê executivo da FN deve se reunir na tarde desta quinta (9) –sem a presença de Jean-Marie, membro do órgão– para discutir a possível expulsão do fundador da sigla.

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