Em meio a demonstrações públicas de desavenças com a sua filha Marine Le Pen, presidente da Frente Nacional (FN), o ex-líder do partido conservador francês, Jean-Marie Le Pen, disse que "Marine quer [vê-lo] morto".
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Diante da possível decisão da liderança da FN em excluí-lo da sigla, Jean-Marine classificou a medida como "completamente louca".
"A minha exclusão seria completamente louca porque eu naturalmente conservo prestígio na FN e isso provocaria turbulências consideráveis", disse. "Marine Le Pen quer minha morte, é possível, mas ela não pode contar com a minha colaboração nisso".
Após Jean-Marie dizer que as câmaras de gás teriam sido um "detalhe" da Segunda Guerra Mundial, a liderança da FN busca impedir o lançamento de sua candidatura nas eleições regionais do país.
As desavenças põem em xeque, inclusive, o futuro de Jean-Marie no partido que ajudou a fundar. Para Florian Philippot, vice-presidente da FN, "a solução mais aceitável" seria que ele "abandonasse o movimento".
"Que interesse ele [Jean-Marie] teria em permanecer em um movimento com o qual não compartilha nenhuma posições fundamental?", disse Phippot em entrevista à RMC-BFM TV.
O comitê executivo da FN deve se reunir na tarde desta quinta (9) –sem a presença de Jean-Marie, membro do órgão– para discutir a possível expulsão do fundador da sigla.