A Arábia Saudita insiste que a campanha militar no Iêmen começa a apresentar resultados, apesar das críticas e da resistência dos rebeldes xiitas, apoiados pelo Irã.
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Os danos colaterais, a destruição das infraestruturas civis e uma situação humanitária catastrófica não mudam a postura de Riad, que lidera a coalizão de nove países árabes que bombardeiam os rebeldes huthis desde 26 de março.
"Os bombardeios aéreos vão prosseguir", afirmou o porta-voz da coalizão, o general saudita Ahmed Asiri.
Desde o início da operação, a coalizão executou 1.200 ataques, passando de 35 bombardeios diários a 50, 80 e finalmente 120, segundo o porta-voz.
Os ataques da coalizão neutralizaram as capacidades aéreas e balísticas dos rebeldes e seus aliados, militares leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, afirmou Asiri.
Um ataque aéreo da coalizão atingiu neste domingo uma base militar no sul do Iêmen e matou 15 rebeldes, ao mesmo tempo que outras 12 pessoas faleceram em combates em Áden.
Os aviões da coalizão árabe bombardearam o Campo 22 na região de Al-Dhahra, na província de Taez. O ataque deixou 15 mortos entre os rebeldes xiitas huthis e seus aliados, informou uma fonte médica. Oito insurgentes ficaram feridos.
O atual presidente do Iêmen, Abd Rabbo Mansur Hadi, fugiu da capital para Áden e, quando os rebeldes começaram a avançar para esta cidade, buscou refúgio em março na Arábia Saudita.
Mais de 500 rebeldes xiitas iemenitas morreram em combates com o exército saudita na fronteira entre os dois países desde 26 de março, anunciou no sábado o ministério saudita da Defesa.
Este foi o primeiro balanço de perdas humanas do lado xiita divulgado por uma das partes desde o início da campanha aérea.
"Mais de 500 milicianos huthis morreram nos confrontos na fronteira desde o início da operação 'Tempestade Decisiva'", informou em um comunicado o ministério da Defesa.
Riad ignorou até o momento os apelos das ONGs para a criação de um corredor humanitário que permita ajudar os milhares de civis presos no conflito.
Mas os sauditas permitiram o desembarque em Sanaa de três cargas de ajuda médica do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e outros do Unicef, que somam o total de 70 toneladas de assistência.
A determinação dos sauditas de continuar com os bombardeios é acompanhada por acusações cada vez mais diretas ao Irã.
"Temos provas suficientes que demonstram que o Irã apoia, arma e treina as milícias xiitas", declarou o general Asiri.
Os rebeldes, que iniciaram sua campanha em Sada, norte do Iêmen, já controlam Sanaa, várias regiões do centro e oeste do país, assim como algumas áreas de Áden.