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Christine Lagarde pede moderação no salário de executivos

Diretora-geral do FMI advertiu que modificar os acordos de pagamento e endurecer a regulação não é suficiente para reduzir os riscos excessivos assumidos pelos bancos

Da AFP
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Publicado em 06/05/2015 às 17:39
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Diretora-geral do FMI advertiu que modificar os acordos de pagamento e endurecer a regulação não é suficiente para reduzir os riscos excessivos assumidos pelos bancos - FOTO: Foto: PUNIT PARANJPE / AFP
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A diretora geral do FMI, Christine Lagarde, pediu, nesta quarta-feira (6), maior moderação nos salários dos executivos de empresa, especialmente dos bancos.

"Os incentivos vinculados a práticas de compensação devem mudar, para que as recompensas não estejam atreladas a ações de curto prazo e tomadas de risco excessivas", disse Lagarde em um fórum em Washington.

"Os pacotes de compensação podem se estruturar para favorecer os desempenhos a longo prazo e a solidez da empresa", acrescentou.

Lagarde apontou a possibilidade de que se apliquem sistemas em que as instituições financeiras cancelem o pagamento a executivos cujas ações gerem maus desempenhos da empresa e a obriguem a buscar ajuda governamental.

Também disse que é preciso dar mais poderes aos acionistas sobre a remuneração dos dirigentes. 

Lagarde afirmou que estudos do FMI sobre 800 bancos de 72 países mostraram que os que permitem que seus acionistas se pronunciem sobre as remunerações dos dirigentes passou de 10% em 2005 a 80% atualmente.

Advertiu que modificar os acordos de pagamento e endurecer a regulação não é suficiente para reduzir os riscos excessivos assumidos pelos bancos, como os que causaram a crise financeira de 2008.

"O que se precisa é de uma cultura que leve os banqueiros a fazer o que é certo, inclusive quando ninguém está olhando", ressaltou. 

Segundo Lagarde, incluir mais mulheres nos cargos de direção das empresas pode contribuir.

"Que haja mais mulheres líderes. Isso também ajudaria. Muitos estudos mostram que a liderança feminina é mais inclusiva", afirmou. 

Finalmente, a diretora lembrou que 2 bilhões de pessoas no mundo ainda não têm conta bancária, motivo pelo qual deve-se lutar contra a "exclusão financeira".

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