A Presidência da República informou nesta quinta-feira (7) que o governo brasileiro vem buscando incansavelmente encontrar uma solução pacífica para a crise política na Venezuela, no marco do mais absoluto respeito ao estado democrático de direito. A declaração faz parte de um documento de resposta à carta de mulheres de oposicionistas do governo venezuelano endereçada à presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feria (6).
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O conteúdo do documento foi divulgado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que destacou o empenho do Brasil em cobrar do governo de Nicolás Maduro a convocação de eleições com pleno respeito à ordem institucional, aos direitos humanos e ao estado de direito.
Vieira informou que, durante visita a Venezuela no mês passado, teve contato com oposicionistas e governistas venezuelanos. Segundo ele, representantes da oposição pediram apoio à convocação de eleições e dos governistas garantiram que seguirão a legislação para que a votação ocorra no segundo semestre.
“Recebemos extensas garantias [das autoridades venezuelanas] da convocação das eleições este ano, nos termos da legislação venezuelana”, explicou o ministro.
De acordo com Vieira, o Itamaraty receberá Lilian Tintori e e Mitzy Capriles, respectivamente mulheres do oposicionista Leopoldo López e do prefeito de Caracas, Antonio Ledesma, preso desde fevereiro. elas são autoras da carta encaminhada à presidenta Dilma. A reunião ainda não foi agendada.
Lilian Tintori e Mitzy Capriles esclareceram que, na carta, pediram apoio do governo brasileiro na defesa da libertação dos presos políticos do governo de Nicolás Maduro.
Hoje de manhã, as duas estiveram no Senado, onde denunciaram o governo venezuelano por violação dos direitos humanos. Segundo Lilian Tintori, atualmente 89 políticos estão presos na Venezuela.
