O Google e o ex-chefe da Fórmula 1 Max Mosley chegaram a um acordo extrajudicial em sua disputa sobre a difusão na internet das imagens de uma orgia sadomasoquista deste último, anunciaram nesta sexta-feira as duas partes à AFP.
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O ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) exigia a retirada das imagens nas quais ele é visto na companhia de mulheres vestidas aparentemente com uniformes nazistas.
"A disputa está resolvida para satisfação de ambas as partes", declarou à AFP a advogada de Mosley, Tanja Irion, confirmando uma informação do semanário Der Spiegel. "Posso confirmar que chegamos a um acordo na disputa, para satisfação de ambas as partes em todos os países", declarou um porta-voz do Google, Klaas Flechsig, sem fornecer mais detalhes.
As imagens foram inicialmente divulgadas em março de 2008 pelo hoje desaparecido semanário sensacionalista britânico News of the World, e ainda era possível acessá-las na internet, apesar de duas vitórias de Mosley contra o Google em tribunais da França e da Alemanha. O Google havia anunciado sua intenção de apelar.
O vídeo divulgado pelo News of the World mostrava Mosley deixando-se dominar por cinco prostitutas uniformizadas - algumas com roupas que lembravam os nazistas - ou com as vestes listradas características dos campos de concentração.
O presidente da FIA negou qualquer conotação nazista e denunciou uma violação de sua vida privada. Alguns exigiram na época sua renúncia, mas o britânico permaneceu no cargo até novembro de 2009.