O presidente americano, Barack Obama, garantiu que os Estados Unidos não estão perdendo a luta contra o grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria, lembrando que a campanha contra os jihadistas levará "vários anos".
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"Não, eu não acredito que estamos perdendo", ressaltou o presidente em uma entrevista publicada nesta quinta-feira (21) no The Atlantic.
"Houve um revés tático, isso é incontestável, ainda que Ramadi estivesse vulnerável há muito tempo", acrescentou, referindo-se à queda da capital da província de Al-Anbar, nas mãos dos jihadistas sunitas.
A entrevista, realizada na terça-feira (19), é publicada no dia em que o Estado Islâmico tomou posse da cidade de Palmira, na Síria, mais uma vitória significativa que lhe permite expandir sua zona de influência de ambos os lados da fronteira sírio-iraquiana.
"O EI tem sido enfraquecido significativamente ao longo do país", explicou o presidente Obama, citando "avanços significativos no norte e nas regiões onde os Peshmergas (forças curdas) estão envolvidos."
Nas áreas xiitas, "não há avanço do EI", acrescentou.
"O treinamento das forças de segurança iraquianas (...) não está acontecendo rápido o suficiente em Al-Anbar", admitiu Obama, confirmando sua intenção de fortalecer os esforços americanos neste aspecto.
Ao tomar Palmira, cidade histórica de mais de 2.000 anos e verdadeira encruzilhada que se abre para o grande deserto sírio na fronteira do Iraque, o EI passa a controlar metade do território da Síria e ameaça Homs, a terceira cidade do país em guerra.
Apesar de uma campanha aérea lançada desde o verão de 2014 pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para ajudar o governo do Iraque e os rebeldes na Síria a parar a progressão do EI, o grupo jihadista conseguiu duas importantes conquistas (Palmira e Ramadi) em oito dias.