Os credores da Grécia - União Europeia e Fundo Monetário Internacional - estão dispostos a prorrogar o programa de resgate ao governo de Atenas por cinco meses, até novembro, e a repassar ao menos 12 bilhões de euros se chegarem a um acordo sobre um programa de reformas e ajustes.
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A este montante, se somariam 3,5 bilhões do FMI, mas sob condições. Se o parlamento grego aprovar o acordo seria liberado 1,8 bilhão imediatamente para que a Grécia possa cobrir a dívida de 30 de junho com o FMI, segundo documento da negociação ao qual a AFP teve acesso.
Os ministros das Finanças da Eurozona se reunirão neste sábado, a partir das 17H00 (12H00 de Brasília) em Bruxelas com o objetivo de fechar o acordo entre a Grécia e seus credores para evitar que Atenas caia em default, afirmou à AFP uma fonte europeia. A reunião é considerada decisiva para evitar um default da Grécia, que em 30 de junho deve repassar 1,5 bilhão de dólares ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Antes, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, declarou nesta sexta-feira que um acordo entre a Grécia e seus credores "precisa ocorrer neste sábado". "Amanhã tem que ocorrer, pela simples razão de que precisa ser aprovado por via parlamentar, primeiro na Grécia e depois em vários Estados membros", declarou Dijsselbloem em Haia.
Atenas está negociando com seus credores - União Europeia, Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional - uma série de reformas e cortes orçamentários em troca de um empréstimo de 7,2 bilhões de euros.