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O piloto da Rússia que sobreviveu à queda do avião, abatido pela Turquia, cerca da fronteira da Síria, negou que a aeronave tenha violado o espaço aéreo turco e afirmou que os jatos da Turquia não emitiram nenhum alerta antes de atirar contra a aeronave.
O capitão Konstantin Murakhtin, que estava no jato Su-24 da Rússia, fez comentários em uma coletiva de imprensa com jornalistas russo na base das forças aéreas do país em Latakia.
Murakhtin afirmou que ele e seu companheiro no avião, o piloto Oleg Peshkov, não poderiam ter entrado no espaço aéreo da Turquia acidentalmente.
"Não, isso é impossível, nem por um segundo". Eu vi perfeitamente, tanto do mapa quanto do terreno, aonde estava a fronteira e aonde estávamos localizados. Não houve sequer uma ameaça de entrar na Turquia", declarou.
O piloto Peshkov foi morto no incidente. O Ministério de Defesa da Rússia afirmou que o piloto morreu após ser atingido por uma bala no ar, logo depois de ter se ejetado da aeronave, tentando chegar ao solo de paraquedas.
A Turquia afirmou que alertou o jato russo 10 vezes por 5 minutos através de um rádio antes de atirar na aeronave. Steve Warren, porta-voz do exército dos Estados Unidos em Bagdá, confirmou ter escutado os alertas e disse que o jato russo ignorou eles. A Turquia enviou as gravações do áudio de alerta para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Entretanto, o capitão Murakhtin disse que não ouviu nada. "Não houve nenhum alerta, não pelo rádio, nem visualmente, nenhum contato ocorreu", afirmou.
A diferença nos relatos do que ocorreu deve exacerbar as tensões entre a Rússia e a Turquia sobre o incidente. O governo da Rússia já declarou que haverá consequências sérias sobre a relação do país com a Turquia.