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O papa Francisco prometeu nesta quarta-feira (2) que o Jubileu extraordinário da misericórdia, que começa na terça-feira em Roma, será um ano dedicado à "ternura" e ao "perdão". "É o ano do perdão, o ano da reconciliação", declarou o papa em uma entrevista ao Credere, o semanário oficial do Jubileu.
"Senti que havia um desejo do Senhor de mostrar aos homens a sua misericórdia", acrescentou. Diante de numerosas más notícias, "o mundo precisa descobrir que Deus é pai, que há misericórdia, que a crueldade não leva a nada, que a condenação não leva a lugar nenhum, porque a própria Igreja (...) às vezes cai na tentação de seguir uma linha dura, na tentação de enfatizar apenas as normas morais", estimou o papa argentino.
"Por um lado, vemos o tráfico de armas, a produção de armas que matam, o assassinato de inocentes das mais cruéis formas possíveis, a exploração das pessoas, de menores, crianças (...) um sacrilégio contra a humanidade ( ...) E o Pai diz: "Parem e vinde a mim'", disse o Papa. "Há muita gente ferida e destruída. E precisamos atender os feridos, devemos ajudá-los a curar e não submetê-los a testes de colesterol", insistiu, referindo-se às regras morais rígidas da Igreja.
"Acredito que agora é a hora de misericórdia. Somos todos pecadores, todos nós carregamos pesos", afirmou, explicando que precisa se confessar a cada duas ou três semanas "para sentir que a misericórdia de Deus ainda está em mim". A revolução que o mundo precisa "é a ternura, porque daí vem a justiça e todo o resto", disse ele.