Terrorismo

Estado Islâmico mata 12 policiais em ofensiva no Iraque

Os ataques visaram as forças policiais da província de Nínive (norte) que treinavam na base militar de Speicher

Da AFP
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Publicado em 03/01/2016 às 12:47
Foto: Stephane Yas/ AFP
Os ataques visaram as forças policiais da província de Nínive (norte) que treinavam na base militar de Speicher - FOTO: Foto: Stephane Yas/ AFP
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O grupo Estado Islâmico (EI) matou neste domingo (3) pelo menos 12 membros das forças de segurança iraquianas em vários ataques suicidas dentro de uma base perto de Tikrit, indicaram fontes da segurança.

Os ataques visaram as forças policiais da província de Nínive (norte) que treinavam na base militar de Speicher, indicou um porta-voz da polícia à AFP.

"Aproveitando-se da neblina, os jihadistas entraram em Speicher", indicou Mahmoud al Sochi, porta-voz de uma força paramilitar criada para recuperar o controle de Nínive, nas mãos do EI.

"A polícia de Nínive conseguiu matar sete atacantes, mas três outros tiveram tempo de detonar seus coletes de explosivos", acrescentou a fonte.

Segundo o porta-voz, entre os 12 agentes assassinados, três eram oficiais.

Além disso, 20 policiais ficaram feridos no ataque, que ocorreu em plena madrugada.

Outras fontes dos serviços de segurança confirmaram o ataque, reivindicado pelo Estado Islâmico.

A organização jihadista disse que sete suicidas conseguiram entrar na vasta base militar, situada cerca de 160 km ao norte de Bagdá.

Em um comunicado publicado na internet, o EI informou que seu comando alcançou um acampamento, onde 1.200 recrutas estavam treinando, provocando um confronto que durou cerca de quatro horas.

O EI assumiu parcialmente o controle da base de Speicher durante a ofensiva lançada em junho de 2014, onde massacrou mais de 1.700 jovens recrutas, de acordo com as estimativas mais elevadas.

O governo e as forças aliadas exumaram cerca de 600 corpos, após recuperar o controle de Tikrit, em abril de 2015.

O grupo jihadista sofreu recentemente vários reveses no Iraque, perdendo o controle da cidade de Ramadi, capital da vasta província ocidental de Al-Anbar, recuperada no final de dezembro pelas forças iraquianas com o apoio de uma coalizão que internacional que realiza ataques aéros diários contra os extremistas.

Alguns combatentes do EI continuam na região de Ramadi, mas não em condições de lançar um contra-ataque de envergadura, de acordo com fontes militares.

"Ao longo das últimas 14 horas, as forças iraquianas limparam centenas de metros quadrados na cidade", indicou o coronel Steve Warren, porta-voz da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

"Achamos que o inimigo não é forte o suficiente para estar em condições de  retomar a cidade", disse ele.

"Nós só vimos pequenos grupos de combatentes (com entre quatro e oito indivíduos) que tentaram lançar ataques", acrescentou.

Neste contexto, o EI tem recorrido a ações suicidas, como as realizadas perto de Ramadi na sexta-feira ou no fim de semana em Fallujah e Haditha.

A partir de agora, as forças iraquianas tentam reconquistar o resto da província de Al-Anbar, incluindo Mossul, a segunda maior cidade e capital da província de Nínive.

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