As forças do regime sírio e os grupos rebeldes protagonizaram combates violentos na madrugada desta quarta-feira (4) na periferia da cidade de Aleppo, norte da Síria.
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Os confrontos coincidem com a intensificação dos esforços diplomáticos para tentar restabelecer a trégua na Síria, com negociações previstas para as próximas horas em Berlim.
Em Aleppo, o principal cenário do conflito nas última semanas semanas, uma coalizão de grupos rebeldes chamada "Fatah Halab" ("A conquista de Aleppo") iniciou na terça-feira uma ofensiva contra os bairros da zona oeste, controlados pelo regime.
"São os combates mais violentos em Aleppo em mais de um ano", afirmou o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.
Os confrontos prosseguiram durante toda a noite, com disparos de artilharia e bombardeios aéreos.
"Não acredito que os bombardeios vão cessar, porque a decisão de interrompê-los não está nas mãos de Assad, e sim nas mãos de seu aliado russo", disse Mahmud Sendeh, um militante de 26 anos que mora em um dos bairros controlados pelos rebeldes, em referência ao presidente sírio.
"Não parece que a Rússia deseja que a calma retorne a Aleppo", opinou.
Mas o governo russo afirmou na terça-feira que deseja obter um cessar-fogo nas próximas horas em Aleppo.
Mais de 270 pessoas morreram nos últimos 12 dias na cidade, dividida em setores rebeldes e governamentais.
Desde 2012, Aleppo, a segunda maior cidade do país, está dividida entre áreas controladas pelo regime e áreas controladas pelos rebeldes.
Os grupos rebeldes dominam a periferia oeste, enquanto as forças do regime cercam quase todos os bairros rebeldes ao leste.