O diretor para as Américas da Human Rights Watch (HRW), José Miguel Vivanco, considerou nesta quinta-feira (19) que a situação na Venezuela é muito grave, e cobrou uma atitudo "clara e firma" da comunidade internacional.
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“A situação na Venezuela não pode ser mais grave. Assistimos a uma situação realmente de crise. Creio que os fatos falam por si e exigem uma atitude clara e firme por parte da comunidade internacional”, disse ele a jornalistas em Bogotá.
O representante da HRW foi à capital colombiana para apresentar o livro do líder opositor venezuelano Leopoldo López, Preso pero libre (Preso, mas livre em tradução livre).
Vivanco disse que os venezuelanos estão “totalmente indefesos”. “É essencial que a comunidade regional atue rapidamente para evitar a violência e maiores abusos do que os que já sofre hoje a grande maioria dos cidadãos do país", disse ele.
A Venezuela vive uma crise política desde o início de 2014 acentuada pela vitória da oposição nas eleições legislativas de dezembro de 2015, que pretende organizar um referendo para destituir o presidente Nicolás Maduro.
O país enfrenta ainda graves problemas econômicos, levando o governo a declarar oficialmente no dia 16 o “estado de exceção e de emergência econômica”, que aumenta os seus poderes sobre a segurança, distribuição de alimentos e energia.