ELEIÇÕES AMERICANAS

No Japão, Barack Obama ataca Trump sobre a política externa

Obama também ironizou um candidato mais preocupado com "os tuítes e manchetes de jornais do que com uma reflexão profunda"

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Publicado em 26/05/2016 às 16:31
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Obama também ironizou um candidato mais preocupado com "os tuítes e manchetes de jornais do que com uma reflexão profunda" - FOTO: LUONG THAI LINH / POOL / AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, denunciou nesta quinta-feira (26) "a ignorância em assuntos internacionais" do provável candidato republicano à Casa Branca em 2017.

"Muitas das propostas que apresentou demonstram ou uma ignorância nos assuntos internacionais ou uma atitude de desdém", declarou Obama à margem da cúpula dos grandes países industrializados G7 em Ise-Shima, no Japão.

Obama também ironizou um candidato mais preocupado com "os tuítes e manchetes de jornais do que com uma reflexão profunda sobre a política a ser implementada para assegurar a segurança e a prosperidade da América e a estabilidade do mundo".

O presidente dos Estados Unidos, que já havia manifestado a sua convicção de que Trump não chegaria à presidência, comentou sobre a preocupação suscitada pelo magnata do ramo imobiliário entre outros líderes mundiais.

Estes "acompanham com muita atenção estas eleições. Acredito que podemos dizer que estão razoavelmente surpreendidos com o candidato republicano", disse Obama.

"Não sabem se devem levar a sério algumas de suas declarações. E estão, por razões compreensíveis, surpreendidos com elas", acrescentou, na véspera de uma visita histórica à Hiroshima, cidade onde os Estados Unidos lançaram uma bomba nuclear em 1945.

As posições polêmicas do bilionário preocupam particularmente os países da Ásia.

Donald Trump chegou a dizer que a presença dos Estados Unidos na Ásia custa muito caro, e sugeriu que o Japão e Coreia do Sul se equipassem com armas nucleares para enfrentar a Coreia do Norte.

Questionado sobre as primárias democratas entre a favorita Hillary Clinton e o senador Bernie Sanders, Obama voltou a se abster de tomar partido.

"Deixem que os eleitores decidam", afirmou ele que venceu, em 2008, primárias acirradas contra Hillary Clinton.

"É importante para nós tentar encerrar (as primárias) de modo que os dois candidatos sintam-se orgulhosos do que fizeram", afirmou.

"Eu conheço muito bem os dois, e posso dizer que são boas pessoas", disse, citando "Hillary e Bernie".

O senador de Vermont está sendo superado com folga pela ex-primeira-dama na corrida para a nomeação à disputa pela Casa Branca, mas continua a desafiar aqueles que pedem pela sua desistência.

O próximo grande dia de consultas primárias terá lugar no dia 7 de junho na Califórnia e em outros cinco estados.

Perguntado na quarta-feira em Ho Chi Minh por jovens vietnamitas sobre o futuro da aventura política de Donald Trump, Obama sugeriu que continuava a vê-lo como o perdedor em 8 de novembro.

"Estou otimista sobre a política americana. Em geral, os eleitores, acabam por tomar boas decisões", afirmou. "Tudo vai ficar bem, eu prometo".


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