O presidente sírio, Bashar al-Assad, nomeou neste domingo (3) um novo governo, mas manteve em seus postos os ministros da Defesa, Interior, Justiça e Relações Exteriores, em um contexto de guerra civil que devastou a economia do país.
O chefe de Estado decretou "a formação de um novo governo sírio comandado pelo engenheiro Imad Khamis", segundo a agência de notícias oficial Sana.
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Khamis, nomeado primeiro-ministro em 22 de junho, havia sido encarregado de formar um novo Executivo, após a colocação em andamento de um novo Parlamento depois das eleições legislativas de 13 de abril organizadas nos territórios controlados pelo regime.
Catorze novos ministros entram neste governo, que conta, além do chefe de governo, com 26 ministros e cinco secretários de Estado. Entre os novos ministros estão os de Finanças, Economia e Comércio Exterior, Indústria e Informação.
A guerra na Síria começou em março de 2011 com a repressão de uma série de protesto contra o regime de Bashar al-Assad. Desde então, o conflito já matou mais de 280.000 pessoas e obrigou milhões de sírios a abandonar seus lares.
Segundo os especialistas, a economia do país retrocedeu três décadas, com infraestruturas destruídas em sua maioria e a metade da população desempregada. A produção de petróleo se encontra quase paralisada.
Mais de 80% da população vive abaixo da linha da pobreza, segundo um estudo publicado em abril deste ano pela Organização das Nações Unidas e pela Universidade Saint Andrews, na Escócia. O estudo revela que a economia contraiu 55% entre 2010 e 2015.