A Coreia do Norte está sofrendo uma catástrofe "grave e complexa", informou nesta terça-feira (13) a Cruz Vermelha após uma visita à região do nordeste do país afetada por inundações.
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Ao menos 133 pessoas morreram e 395 estão desaparecidas depois que as fortes chuvas provocaram a cheia do rio Tumen, de acordo com um balanço da ONU, que obteve os números com o governo norte-coreano.
O rio Tumen fica na fronteira entre Coreia do Norte, China e Rússia.
As equipes de emergência encontram dificuldades para chegar a algumas áreas, onde dezenas de milhares de pessoas perderam suas casas e existe um alto risco de propagação de doenças.
"Pelo que vimos está claro que é uma catástrofe grave e complexa", disse Chris Staines, diretor de uma delegação da Cruz Vermelha na Coreia do Norte, que visitou as zonas afetadas.
De acordo com algumas fontes, 140.000 pessoas precisam de ajuda alimentar.
"A água veio com muita força e destruiu tudo em sua passagem. As pessoas tentam salvar o que podem entre os escombros que antes eram suas casas", afirmou Staines.
Quase 24.000 casas foram totalmente destruídas e milhares foram danificadas, de acordo com a Cruz Vermelha. Em alguns pontos de Hoeryong, na fronteira nordeste, quase não restam edifícios de pé.
A Cruz Vermelha indicou que 100.000 habitantes de Hoeryong não têm acesso à água potável e que em toda a região 600.000 pessoas sofrem com a falta de água.
A catástrofe pode agravar a situação precária da alimentação na Coreia do Norte porque 16.000 hectares de terras agrícolas foram inundados, poucas semanas antes da colheita do milho e arroz.