COLÔMBIA

Farc mantêm sua vontade de paz, diz líder após derrota em plebiscito

''As Farc lamentam profundamente que o poder destrutivo dos que celebram o ódio e o rancor tenha sido incutido na opinião da população colombiana'', disse Timochenko

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Publicado em 03/10/2016 às 11:53
Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP
''As Farc lamentam profundamente que o poder destrutivo dos que celebram o ódio e o rancor tenha sido incutido na opinião da população colombiana'', disse Timochenko - FOTO: Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP
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O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, garantiu que o grupo mantém sua vontade de paz – mesmo após derrota no referendo realizado no domingo (2) no país e que decidiu pelo “não” a um acordo de paz entre a guerrilha e o governo colombiano.

“As Farc lamentam profundamente que o poder destrutivo dos que celebram o ódio e o rancor tenha sido incutido na opinião da população colombiana. Com o resultado, sabemos que o nosso desafio como movimento político é maior e nos requer mais força para construir a paz estável e duradoura”, disse.

Ainda em sua declaração, Timochenko destacou que as Farc reiteram sua disposição em usar apenas a palavra como arma de construção para o futuro. “Ao povo colombiano, que sonha com a paz, que conte conosco. A paz triunfará”, concluiu.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou nesta segunda-feira (3) que não vai desistir de assinar o acordo de paz com as Farc após uma derrota inesperada nas urnas. “O cessar-fogo é bilateral e definitivo. Não desistirei. Buscarei a paz até o último dia do meu mandato”, disse, em sua primeira declaração após a divulgação do resultado do referendo.

O conflito na Colômbia

A Colômbia enfrenta uma guerra com as Farc há 52 anos. O conflito já provocou a morte de 220 mil pessoas. A guerrilha tinha prometido que, caso o acordo fosse assinado, se tornaria um partido político. O governo colombiano não precisava submeter o acordo de paz a um referendo, mas decidiu convocar a consulta popular para dar legitimidade política à decisão. 

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