A Turquia decretou hoje (11) dia de luto nacional, após o duplo atentado no centro de Istambul. O último balanço de vítimas, publicado nesta manhã pelo Ministério do Interior turco, elevou para 38 o número de mortos. Mais de 160 pessoas ficaram feridas na dupla explosão na noite de sábado (10), nas proximidades do estádio do clube de futebol turco Besiktas. Autoridades suspeitam que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão PKK tenham organizado o ataque. As informações são da Rádio França Internacional.
As explosões visaram as forças policiais, que são maioria entre as vítimas. De acordo com balanço publicado esta manhã, entre os 38 mortos, 30 eram policiais e sete civis. A identidade da última vítima ainda não foi confirmada.
O primeiro carro-bomba atingiu um ônibus da polícia nos arredores do estádio da equipe de futebol do Besiktas, depois do fim da partida contra o Bursaspor. A segunda explosão, provocada por um homem-bomba, aconteceu menos de um minuto depois em um parque dessa região turística de Istambul, localizada entre a emblemática Praça Taksim e o antigo palácio imperial de Dolmabahçe.
"As explosões tinham como objetivo causar o maior número possível de vítimas", afirmou o presidente Recep Erdogan, em um comunicado. O presidente turco cancelou neste domingo uma viagem que faria ao Cazaquistão.
O duplo atentado ainda não foi reivindicado. A Turquia foi alvo de vários ataques nos últimos anos, revindicados pelo grupo Estado Islâmico ou pelos rebeldes separatistas curdos do PKK. As autoridades turcas afirmam que os primeiros elementos da investigação indicam o PKK como responsável pela dupla explosão deste sábado. Os ataques contra forças policiais são uma marca dos separatistas curdos.
"Que ninguém duvide que conseguiremos vencer essas organizações terroristas e os que estão por trás delas", garantiu Recep Erdogan.
No Twitter, a embaixada dos Estados Unidos em Ancara condenou um "ataque covarde" e garantiu que estava "ao lado do povo turco contra o terrorismo". Já o presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, expressou sua "solidariedade com os cidadãos turcos, com as famílias das vítimas do ataque de Istambul."
A Turquia, que integra a coalizão internacional que combate o grupo Estado Islâmico, iniciou em agosto uma ofensiva no norte da Síria, que faz fronteira com o país, para pressionar os jihadistas em direção ao sul. As forças curdas também estão envolvidas no conflito sírio.