O Estado Islâmico alegou responsabilidade pelo atentado suicida ocorrido perto de uma base militar em Aden, no Iêmen. Segundo autoridades locais, o número de mortos já chega a 40, pelo menos. Trata-se do segundo maior ataque a soldados na cidade portuária neste mês.
A explosão ocorrida na manhã deste domingo (18) atingiu soldados que esperavam para coletar seus salários do lado de fora da instalação de uma guarda costeira, perto de uma base militar em Aden, de acordo com os oficiais.
Em um comunicado sobre o ataque deste domingo, uma das filiais iemenitas do Estado islâmico disse que seu homem-bomba tinha usado um colete com explosivos, conforme tradução do SITE Intelligence Group, que monitora a atividade global jihadista. O texto foi acompanhado por uma foto supostamente do homem-bomba sorrindo e vestindo um colete branco, com uma bandeira do Estado islâmico e um rifle.
Os bombardeios apresentam um novo desafio de segurança para o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi, cujo governo internacionalmente reconhecido está completando mais de 20 meses de guerra com os rebeldes de Houthi no Iêmen.
Os Houthis controlam a capital, San'a, enquanto o governo de Hadi é baseado em Aden, ao longo da costa sul.
Hadi ordenou uma investigação do ataque e prometeu um pagamento de US$ 4 mil para cada uma das famílias dos mortos e cerca de US$ 2.000 para cada pessoa ferida.
Grupos do Estado islâmico foram fundados no Iêmen em 2014, mas só se tornaram ativos em 2015. Eles já realizaram uma série de ataques, incluindo alguns dos mais mortíferos da história do país. O grupo muçulmano sunita, em março de 2015, atacou um par de mesquitas frequentadas por Houthis, que são apoiados politicamente pelo Irã de maioria xiita, matando mais de 140 pessoas.