CRIME

Colômbia cancelará contratos se comprovar corrupção da Odebrecht

''Não podemos permitir que uma empresa criminosa como tem sido a Odebrecht continue agindo'', afirmou o secretário colombiano Camilo Enciso

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Publicado em 22/12/2016 às 19:15
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''Não podemos permitir que uma empresa criminosa como tem sido a Odebrecht continue agindo'', afirmou o secretário colombiano Camilo Enciso - FOTO: Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP
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A Colômbia anunciou nesta quinta-feira (22) que cancelará os contratos em que forem comprovados atos de corrupção da Odebrecht.

Subornos

"No momento em que for demonstrado de maneira clara que houve pagamentos de subornos (...), o Estado colombiano não duvidará de nenhuma maneira em tomar as decisões necessárias para terminar de maneira unilateral seus contratos e para evitar que a Odebrecht continue tendo negócios no país", disse o secretário de Transparência da Presidência, Camilo Enciso, à Blu Radio.

O funcionário pediu "ação contundente, rápida e eficaz da justiça colombiana" para esclarecer os subornos por mais de 11 milhões de dólares que a construtora pagou para realizar as obras públicas no país, com as quais teve lucros superiores a 50 milhões de dólares, segundo as autoridades americanas. 

Por isso, na quarta-feira (21) o governo pediu "celeridade" à Procuradoria colombiana para iniciar uma cooperação judicial internacional com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

"Não podemos permitir que uma empresa criminosa como tem sido a Odebrecht continue agindo", afirmou.

A Presidência da Colômbia disse na quarta-feira (21) em comunicado que a companhia brasileiro teve três contratos no país.  

O primeiro deles 2009 na Ruta del Sol setor 2, um trajeto viário de mais de 500 quilômetros que une o centro do país com o Caribe, executado durante o governo de Álvaro Uribe. 

Nesta licitação, segundo o Departamento de Justiça, um funcionário colombiano recebeu um suborno de 6,5 milhões de dólares. 

Adicionalmente, houve outros dois projetos, ambos no mandato do presidente Juan Manuel Santos: a via Puerto Boyacá - Chiquinquirá (centro), licitada em abril de 2012, e a iniciativa para dar navegabilidade e ao rio Magdalena, o mais importante del país, licitada em agosto de 2014.

Segundo documentos divulgados na quarta-feira pelos EUA, a Odebrecht pagou subornos em nove países latino-americanos por "centenas de milhões de dólares" para obter contratos.

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