Manifestantes pedem em Seul saída da presidente da Coreia do Sul

Destino de Park Geun-Hye, destituída pelo Parlamento devido a um escândalo de corrupção, está agora nas mãos do Tribunal Constitucional
AFP
Publicado em 24/12/2016 às 13:05
Destino de Park Geun-Hye, destituída pelo Parlamento devido a um escândalo de corrupção, está agora nas mãos do Tribunal Constitucional Foto: Foto: JUNG YEON-JE / AFP AFP / AFP


Milhares de sul-coreanos se manifestaram no sábado (24) em Seul para pedir a saída imediata da presidente Park Geun-Hye, que foi destituída pelo Parlamento devido a um escândalo de corrupção, e cujo destino está agora nas mãos do Tribunal Constitucional.

Os manifestantes se reuniram pelo nono sábado consecutivo na Coreia do Sul para pedir a saída de Park. Apesar de um frio polar, havia mais de 550.000 participantes, segundo os organizadores, que se dirigiram para a sede da Presidência, o gabinete do primeiro-ministro e o Tribunal Constitucional.

"Detenham Park imediatamente", gritavam os manifestantes, que pediram ao Tribunal Constitucional que acelere o processo de destituição da presidente.

O Parlamento votou em 9 de dezembro uma moção de destituição de Park, envolvida em um escândalo de corrupção relacionado a uma amiga sua, Choi Soo-sil, acusada de ter usado a influência da presidente para enriquecer e para interferir em suas decisões políticas.

Tribunal tem até 180 dias para confirmar ou não a saída de Park

O Tribunal, que começou a analisar o caso na quinta-feira, tem até 180 dias para confirmar ou não a saída de Park.

Com cartazes e balões, os manifestantes cantaram músicas de Natal cujas letras foram alteradas para ridicularizar a presidente e pedir sua saída.

A presidente mantém por enquanto o título, mas seus poderes foram transferidos para o primeiro-ministro. Se os juízes confirmam a destituição, será organizada uma eleição antecipada em 60 dias.

Park é acusada pela promotoria de cumplicidade com Choi Soon-Sil, imputada por extorsão e abuso de poder por suspeita de ter utilizado sua influência sobre a presidente para obrigar grandes grupos empresariais a doar milhões de dólares para as suas duas fundações supostamente caritativas, cujos fundos eram usados com fins pessoais.

A promotoria sul-coreana também acusa Park de ordenar seus colaboradores a entregarem documentos oficiais a Choi, apesar de que esta não desempenhava nenhuma função oficial nem tinha as autorizações necessárias. 

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