CAMPANHA

Cidade do México cria 'banco com pênis' nos vagões do metrô

Campanha visa combater o assédio sexual a mulheres no metrô da capital mexicana

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 03/04/2017 às 20:32
Foto: Reprodução
Campanha visa combater o assédio sexual a mulheres no metrô da capital mexicana - FOTO: Foto: Reprodução
Leitura:

O novo banco instalado no metrô da Cidade do México causou desconforto entre os passageiros, e essa era exatamente a intenção. Os assentos foram desenhados com barriga, peitoral masculinos e um pênis, para chamar a atenção para o assédio sexual sofrido por mulheres dentro do transporte público. A campanha #NoEsDeHombres (não é de homens, tradução livre em espanhol) gerou controvérsias no País.

Para uns, a iniciativa é uma ferramenta importante para combater o assédio sexual; para outros, a campanha é 'sexista e injusta com os homens'. Um aviso sinaliza se tratar de um banco exclusivo para homens: "É desconfortável sentar aqui, mas isso não se compara à violência sexual a que mulheres estão sujeitas em suas viagens diárias".

Um vídeo sobre a ação já foi visto mais de 700 mil vezes YouTube em apenas dez dias. 

 Histórico

O metrô do México é considerado como um dos piores do mundo quanto às condições a que suas passageiras são submetidas.Um levantamento da empresa YouGov, realizado em 2014, sobre assédio no transporte público em todo o mundo, apontou o metrô da Cidade do México como o pior em termos de assédio físico e verbal.

Ao longo dos anos, o governo local já experimentou diversos tipos de métodos para combater esse tipo de caso. Um deles foi a criação de vagões e ônibus exclusivos para mulheres. No ano passado, o prefeito da cidade gerou polêmica ao propor uma nova estratégia, a de distribuir apitos que seriam usados por mulheres toda vez que se sentissem ameaçadas.

No ano passado, o prefeito da cidade gerou uma polência ao sugerir a distribuição de apitos que seriam utilizados por mulheres toda vez que se sentissem ameaçadas. Coletivos feministas e críticos afirmaram que a medida não solucionava o problema em sua origem: "Se gritar não resolve, como isso (o apito) vai resolver?", escreveu, na ocasião, a jornalista Andrea Noel no Twitter.

Últimas notícias