O presidente americano, Donald Trump, convidou nesse sábado (29) seu colega filipino, Rodrigo Duterte, a Washington em um telefonema amistoso, no qual discutiram a "ameaça" da Coreia do Norte, informou a Casa Branca. "Foi uma conversa muito amistosa, na qual os dois governantes discutiram as preocupações da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) sobre a segurança regional, incluindo a ameaça da Coreia do Norte", disse a Casa Branca em um comunicado.
A Coreia do Norte tentou realizar um novo lançamento frustrado de um míssil um dia após Washington pressionar ante o Conselho de Segurança da ONU para reforçar as sanções internacionais contra Pyongyang devido a sua "ameaça nuclear".
Os dois líderes também "discutiram o fato de o governo filipino estar lutando duramente para livrar seu país das drogas, um flagelo que afeta muitos países em todo o mundo", acrescentou.
Duterte, conhecido por sua linguagem chula, rejeitou as críticas a sua guerra antidrogas, que a Anistia Internacional e outros grupos de direitos humanos alertaram que pode constituir um crime contra a humanidade.
O presidente das Filipinas classificou em 2016 o então presidente Barack Obama como um "filho da puta" por criticar sua política antidrogas e em março chamou de "loucos" os parlamentares europeus por emitirem uma declaração condenando as mortes de mais de 5.000 pessoas nesta campanha.
"O presidente Trump também convidou o presidente Duterte à Casa Branca para discutir a importância da aliança entre Estados Unidos e Filipinas, que agora está em uma direção muito positiva", indicou.
O porta-voz de Duterte, Ernesto Abella, confirmou o convite de Trump, sem informar uma data para a visita.
A Casa Branca declarou que Trump "apreciou a conversa" com Duterte e espera participar das cúpulas dos Estados Unidos-ASEAN e do Sudeste da Ásia nas Filipinas em novembro.
Nos últimos tempos tem havido preocupação sobre os esforços de Duterte para afrouxar a aliança de longa data das Filipinas com os Estados Unidos enquanto corteja a China.