As pesquisas de opinião na Coreia do Sul sugerem que a destituição da presidente Park Geun-hye, presa esperando julgamento por corrupção, condenou os conservadores nas eleições presidenciais da próxima semana.
Hong Joon-pyo, de 62 anos, que representa o partido de Park, talvez seja a maior surpresa nessa corrida presidencial de dois meses após a destituição de Park em março.
Sua ascensão mostra que, apesar dos protestos de milhares nas ruas que aceleraram o impeachment de Park, a Coreia do Sul continua profundamente dividida, algo que pode dificultar o trabalho de quem quer que seja o novo líder.
Hong, antigo governador da província de Gyeongsang do Sul, tem tentado capitalizar com o medo crescente das armas nucleares e dos mísseis da Coreia do Norte. Ele também diz que pode "se bancar" contra outros líderes nacionalistas em Washington, Tóquio e Pequim.
Hong solicita aos Estados Unidos que tragam de volta armas nucleares estratégicas para o país depois que elas foram tiradas nos anos 1990. Também promete criar uma unidade de operações especiais da marinha capaz de infiltrar-se na Coreia do Norte e remover seu líder em caso de guerra.
Ele também defende a volta da pena de morte para aqueles que cometeram crimes hediondos, apesar de o país não ter executado ninguém desde 1997.
Pesquisas recentes indicam o apoio dele um pouco acima dos 10%, bem longe do liberal Moon Jae-in, cujo suporte supera a casa dos 30%. O centrista Ahn Cheol-soo tem sua base próxima dos 20%.