O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, enfrenta nesta terça-feira (13) a Comissão de Inteligência do Senado em uma audiência de alto risco para a Casa Branca, na qual será interrogado sobre suas relações com funcionários russos e a demissão do ex-diretor do FBI James Comey.
Sessions será o funcionário de maior hierarquia a prestar depoimento para a comissão a respeito do eventual conluio entre a campanha de Donald Trump e a Rússia na eleição presidencial do ano passado.
A audiência acontece poucos dias depois do depoimento explosivo de Comey à mesma comissão, que gerou um terremoto político na capital americana.
A expectativa agora está com Sessions, em um momento de gravidade política tão extrema que não se descarta a possibilidade que o secretário de Justiça e procurador-geral opte por permanecer em silêncio em determinadas perguntas.
"Dependerá da amplitude das perguntas", disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, ao comentar a possibilidade de Sessions optar por não responder.
"Fazer hipóteses neste momento é prematuro".
O depoimento está previsto para as 14H30 locais (15H30 de Brasília).
A Comissão de Inteligência do Senado conduz uma das várias investigações em andamento no país sobre o suposto papel da Rússia durante a eleição presidencial em que Trump foi vitorioso.
Sessions já se declarou impedido de participar de qualquer forma em uma investigação sobre o mesmo tema a cargo do Departamento de Justiça, para a qual designou um promotor especial independente, Robert Mueller.