O presidente Donald Trump anunciou, em reduto cubano de Miami, na tarde desta sexta-feira (16), que irá cancelar o acordo de Barack Obama para reaproximar Os Estados Unidos de Cuba por meio do fim de uma série de sanções impostas aos moradores da ilha. Segundo Trump, a medida serviu apenas para enriquecer "o regime cubano".
" Imediatamente, eu estou cancelando inteiramente o acordo completamente unilateral da última gestão feito com Cuba (...) O alívio da gestão anterior sobre restrições a respeito de viagens e comércio não ajuda o povo cubano, apenas enriquece o regime cubano", confirmou Trump em meio a um discurso inflamado.
Entre as principais alterações a serem anunciadas por Trump estão a proibição de viagens individuais à ilha e o veto de gastos em hotéis, restaurantes, bares e outros estabelecimentos controlados pelos militares ou pelo serviço de inteligência do país - o Exército é dono de grande parte da infraestrutura de turismo de Cuba.
Segundo assessores da Casa Branca, o objetivo das mudanças é evitar o fluxo de dinheiro para o Exército e os setores de inteligência e segurança cubanos.
O anúncio do presidente norte-americano foi feito em Little Havana, Miami, coração da comunidade de cubanos que fugiram da ilha para os EUA depois da Revolução de 1959. O local escolhido foi o Teatro Manuel Artime, batizado em homenagem a um dos veteranos da invasão da Baía dos Porcos, uma operação fracassada patrocinada pela CIA em 1961 com o objetivo de derrubar o governo de Fidel Castro