Um jovem morreu nessa quinta-feira (22), em decorrência de disparos à queima-roupa da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), em nova jornada de protestos em Caracas. O presidente Nicolás Maduro destacou o esforço das forças de segurança e reafirmou que as armas de fogo e as escopetas com balas de borracha estão proibidas.
Um grupo de manifestantes enfrentou funcionários da GNB (polícia militarizada) na estrada Francisco Fajardo, a principal via de Caracas, capital da Venezuela, onde foi relatada a morte do jovem de 22 anos, além de vários feridos.
A Agência EFE diz ter constatado como o jovem caiu ferido, após receber, a poucos metros de distância, vários disparos de uma escopeta de balas de borracha de um agente da GNB.
O líder oposicionista Henrique Capriles divulgou, nas redes sociais, um vídeo em que se pode ver agentes uniformizados disparando diretamente contra um grupo de manifestantes.
"À queima-roupa. Cumprem suas ordens ao pé da letra, Nicolás Maduro. E hoje você disse à imprensa internacional que os seus xerifes usam água e gás lacrimogêneo", criticou Capriles em outra mensagem.
Maduro, por sua vez, elogiou, em entrevista com a presença de jornalistas estrangeiros, o "esforço heroico" que, em sua opinião, estão fazendo a GNB e a Polícia Nacional Bolivariana em seu trabalho nas manifestações feitas pela oposição.
"Sem armas de fogo. Estão proibidas. Sem escopetas de balas de borracha. Estão proibidas. Com água e o gás lacrimogêneo, que está permitido", acrescentou Maduro. Ele lembrou que três funcionários da GNB foram detidos por suposta vinculação com a morte de um manifestante, por arma de fogo, na segunda-feira passada (19).
Segundo o presidente, se há um só caso, como houve, no segundo que foi detectado, os responsáveis são capturados e entregues às autoridades. "Eu ordenei uma investigação para saber se por trás não há uma conspiração", disse Maduro sobre o incidente em que morreu o manifestante Fabián Urbina, de 17 anos.