Rebeldes do Iêmen ameaçam disparar mísseis contra Abu Dhabi

Apoiado por unidades militares leais ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh, os huthis controlam a capital Sanaa e o norte do Iêmen desde 2014
AFP
Publicado em 14/09/2017 às 14:40
Apoiado por unidades militares leais ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh, os huthis controlam a capital Sanaa e o norte do Iêmen desde 2014 Foto: Foto: KARIM SAHIB / AFP


O líder dos rebeldes no Iêmen, país devastado pela guerra, ameaçou nesta quinta-feira (14) disparar mísseis contra os Emirados Árabes Unidos e lançar ataques navais contra sítios e plataformas de petróleo sauditas.

Os Emirados Árabes Unidos participam de uma coalizão de países árabes liderada pela Arábia Saudita que tem ajudado militarmente, desde março de 2015, o presidente Abd Rabbo Mansur Hadi contra os rebeldes huthis pró-iranianos.

Apoiado por unidades militares leais ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh, os huthis controlam a capital Sanaa e o norte do Iêmen desde 2014. As forças pró-governo se concentram no sul.

"Os Emirados estão agora dentro do alcance dos nossos mísseis", disse o líder rebelde Abdel Malek Al-Huthi, acrescentando que suas forças desenvolveram mísseis balísticos capazes de alcançar Abu Dhabi.

"As empresas instaladas, ou que têm investimentos nos Emirados, não devem mais considerar este país como seguro", acrescentou o líder rebelde de 38 anos na rede de televisão Al-Massira, controlada por seus partidários.

Emirados Árabes

O apoio militar dos Emirados Árabes Unidos ao poder iemenita foi essencial na retomada de cinco províncias do sul do país em 2015.

Abdel Malek Al-Huthi assegurou que seus partidários continuaram a aperfeiçoar seus mísseis e lembrou que alguns atingiram alvos ao norte de Riad, capital saudita, e ao sul de Meca, cidade sagrada do Islã na Arábia Saudita, vizinha do Iêmen.

Também garantiu que a Marinha rebelde agora é capaz de atacar as instalações de petróleo sauditas e navios petroleiros no Mar Vermelho.

Mais de 8.400 pessoas, incluindo civis, morreram na guerra civil no Iêmen, segundo a ONU.

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